
A Colónia Balnear da Areia Branca, junto à praia do Areal Sul, no concelho da Lourinhã, inaugurada em 1974, acolhia, durante alguns anos, no verão, crianças e adolescentes do distrito de Castelo Branco que ali passavam grande parte das férias escolares. O espaço acabou por fechar, por falta de condições, em 2008.
Hoje em dia é propriedade da Comunidade Intermunicipal da Beira Baixa (CIMBB) e um local de memórias para muitos adultos que, graças a este empreendimento, ali viram o mar pela primeira vez.
Esta segunda-feira, dia 27 de fevereiro, a CIMBB promoveu uma visita ao local onde, João Carvalhinho, secretário executivo da referida CIM, reiterou que está na hora de voltar a dar vida a este ativo patrimonial que foi herdado da Assembleia Distrital:
Sem utilização há mais de 10 anos, o imóvel encontra-se devoluto e profundamente degradado. Está neste momento a ser alvo de um concurso de ideias para lhe dar uma nova utilização:
Ao mesmo tempo que está a decorrer este concurso de ideias está também a ser estudado o modelo de gestão do imóvel:
O Município da Lourinhã, onde está implementado este empreendimento tem todo o interesse em ajudar na reabilitação do imóvel, que se está a degradar todos os dias, e com quem a CIMBB tem encontrado um interlocutor sempre disposto a facilitar o trabalho de reabilitação:
Este espapo é mítico para muitos dos hoje adultos que ali passaram férias como é o caso do jornalista José Furtado. Quando criança foi um dos muitos que correu por aquele areal:
Uma das memórias que guarda enquanto criança, que ia de Penamacor, era a de que o local ficava longe:
Este era o primeiro corte umbilical que se fazia com a família e a falta dessa era sentida nos primeiros dias. O conforto e o carinho era dado pelas monitoras, recordou Fernanda Mateus que ali acompanhou crianças durante quatro anos:
Fernanda Mateus tem um verdadeiro manancial de histórias que foi colecionando ao longo dos quatro verões que ali passou como monitora. Ainda hoje não esquece o Alexandre, um menino especial:
Este imóvel albergava, durante o verão, entre crianças e monitores, perto de 380 pessoas. Hoje é uma sombra que a CIMBB quer apagar, dando-lhe a imponência de outrora.