FERREIRA DO ZÊZERE: Programas nacionais terão que ser adaptados à realidade dos territórios

É o caso da Carta de Perigosidade de Incêndio e do programa Aldeia Segura, Pessoas Seguras

FERREIRA DO ZÊZERE: Programas nacionais terão que ser adaptados à realidade dos territórios

Durante todo este mês de março o Serviço Municipal de Proteção Civil de Ferreira do Zêzere está a promover a iniciativa "MARÇO - Mês da Proteção Civil em Ferreira do Zêzere".
Entre as várias iniciativas, destaque para a “13ª Conferência da Proteção Civil - Aldeias Seguras, territórios resilientes - que solução em áreas dispersas e sazonalmente povoadas?", que decorreu na passada sexta-feira, 24 de março, e que juntou agentes de proteção civil de vários concelhos que ali foram procurar algumas respostas para, no terreno, melhor desenvolver este programa.
Logo na abertura dos trabalhos, Anabela Freitas, presidente da Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo, colocou o dedo na ferida ao defender que só teremos territórios resilientes com pessoas no território e não como defendem alguns organismos desconcentrados do Estado:

A implementação do programa Aldeia Segura, Pessoas Seguras prossegue em todo o território nacional, sendo que em Ferreira do Zêzere a meta do Serviço Municipal de Proteção Civil é de 194 aldeias até final de 2030. Neste momento, das sete freguesias, apenas três têm trabalho já em fase de implementação no terreno. Há uma certa falta de consciencialização de alguns presidentes de junta para este programa e por isso, entende Bruno Gomes, presidente da câmara local, é preciso continuar a investir na sensibilização.

Uma constatação que durante esta conferência foi sendo colocada em evidência, foi a de que o programa Aldeia Segura, Pessoas Seguras é linear de norte a sul do país, no entanto a realidade das aldeias é diferente de região para região, facto que acarreta dificuldades de implementação.
Patrícia Gaspar, Secretária de Estado da Proteção Civil, presente no encerramento destes trabalhos, confirmou que o programa é global mas que tem que ser adaptado no terreno por quem o vai implementar:

Patrícia Gaspar aproveitou ainda para dizer que a Carta de Perigosidade de Risco de Incêndio, suspensa até final de 2024, também está a ser adaptada à realidade local:

O conjunto de iniciativas "MARÇO - Mês da Proteção Civil em Ferreira do Zêzere" prevê ainda, durante os próximos dias, a realização de várias “ações de sensibilização e formação com comunidade escolar sobre Suporte Básico de Vida, Prevenção de Incêndios e Utilização de Extintores, nas escolas do concelho”.

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