
Cerca de 1950 hectares do Concelho de Pedrógão Grande foram apresentados e aprovados como Área Integrada de Gestão de Paisagem (AIGP), ao abrigo do Programa de Transformação de Paisagem que aprovou as primeiras 47 zonas de intervenção no País. O objetivo é que estes territórios de elevado risco de incêndio tenham uma gestão conjunta dos espaços agrícolas e florestais, relembra a Câmara Municipal de Pedrógão Grande em nota enviada à comunicação social.
A AIGP Ribeira de Mega corresponde a uma zona maioritariamente florestal, onde as principais
espécies presentes são o eucalipto e o pinheiro bravo (88% da área total proposta). Inseridos nesta mancha florestal, encontram-se vários aglomerados populacionais como sendo Ervideira, Derreada Cimeira, Derreada Fundeira, Escalos Cimeiros, Regadas Cimeiras, Mega Fundeira, Foz do Carriçal, Couce, Vale da Ponte, Castelo do Vale da Armunha, e Conhal, descreve a autarquia.
“Transformar a paisagem é um processo longo, que exige método, intervenção e apoio do Estado Central em estreita cooperação com proprietários, Municípios e parceiros nacionais e internacionais, capazes de aumentar a capacidade de ampliar a AIGP após estar implementada com sucesso”, comenta Valdemar Alves, presidente da câmara, para quem é fundamental este tipo de planeamento a longo prazo. “É essencial fazer agora e preparar o futuro global, combatendo as alterações climáticas e os fenómenos climáticos extremos”, explica.
Com a gestão das AIGP pretende-se no longo prazo, por um mínimo de 25 anos, e tendo por base um modelo de gestão cujo objetivo assenta na mudança da paisagem, desenvolver uma maior resiliência aos incêndios e potenciando os serviços dos ecossistemas (sequestro de carbono, biodiversidade e recreio).