
O Município de Proença-a-Nova recebe novamente, no dia 21 de março, a iniciativa "Troque Resíduos por Plantas" cujos principais objetivos são “consciencializar a população para a importância da reciclagem deste tipo de equipamentos em fim de vida e, ao mesmo tempo, incentivar a reflorestação do concelho”, refere a autarquia proencense em nota enviada à comunicação social.
Assim, por cada “cinco lâmpadas, cinco resíduos eletrónicos de pequena dimensão (telemóveis, carregadores, fones, entre outros) ou três aparelhos eletrónicos de grande dimensão (televisores, consolas, computadores, entre outros), cada munícipe recebe uma planta à escolha entre um conjunto selecionado”, pode ler-se na mesma nota. Cada pessoa só pode receber até cinco plantas.
Esta ação decorre entre as 10:00 e as 13:00 e é destinada apenas a residentes do concelho.
Realizada no Dia Mundial da Árvore e no Dia Internacional das Florestas, esta ação pretende despertar para a problemática do “excesso de resíduos produzidos em termos mundiais, uma vez que entre as substâncias mais habituais que estes resíduos contêm, há elementos como cádmio, chumbo, óxido de chumbo, níquel ou mercúrio, que provocam graves desequilíbrios nos ecossistemas”, explica a referida nota.
No âmbito das comemorações, no mesmo dia será apresentado o livro “Conversas entre Árvores”, de António Ferreira Borges, às 10:30, no Centro Ciência Viva da Floresta (CCVF), com entrada livre. Também no CCVF, mas no dia 24, o Café de Ciência será sobre Plantas Invasoras e contará com a presença de Hélia Marchante, doutorada em biologia e especialista em ecologia, descreve a nota enviada. As inscrições são gratuitas, mas obrigatórias.
Segundo a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico (OCDE), “resíduo eletrónico é qualquer dispositivo alimentado com energia elétrica cuja vida útil tem um final, ou seja, lixo eletrónico inclui computadores, televisores, telemóveis, entre outros dispositivos. No caso das lâmpadas, quando colocadas no lixo, podem partir-se e libertar substâncias perigosas para o ambiente e saúde pública, como o mercúrio. Para além disso, quase todas as lâmpadas podem ser recicladas, uma vez que são compostas por 90% de vidro que pode ser utilizado na produção de novas lâmpadas”.
De acordo com um relatório da ONU (Organização das Nações Unidas), “o mundo gera anualmente perto de 50 milhões de toneladas de lixo eletrónico e apenas se reciclam 20% desses resíduos. Se esta tendência se mantiver, a ONU estima que poderíamos chegar a 120 milhões de toneladas de lixo eletrónico em 2050”, lê-se na mesma nota.