
O processo de transição do concelho da Sertã da Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo para a da Beira Baixa voltou a ser assunto na reunião do executivo municipal da Sertã, no passado dia 27 de janeiro.
Não estando contra a troca, o vereador do PSD, Paulo Luís, manifestou-se, sim, contra a forma como foi feita e deixou algumas perguntas ao presidente da câmara:
Atualmente está em curso uma reorganização territorial e se o concelho da Sertã se mantivesse no Médio Tejo, passaria para a região de Lisboa. Como Carlos Miranda, presidente da Câmara Municipal da Sertã, nunca pretendeu sair da região Centro, a transição deste concelho nunca esteve em causa, reafirmou:
Quanto ao processo e à forma, o autarca confirmou que gostaria que tivesse sido feito de maneira a permitir outro tipo de discussão, mas tal não foi possível:
E para que esta duplicação de esforços não se prolongue no tempo, o Quadro Portugal 2030 para a Sertã será operacionalizado na Beira Baixa, informou o presidente:
Nesta reorganização territorial foi ponto assente que o ideal seria que a região da Beira Baixa correspondesse ao distrito de Castelo Branco. Carlos Miranda concorda com esta visão, no entanto não foi possível até agora uma vez que dos três concelhos do distrito que pertencem à CIM da Serra da Estrela, dois querem vir para a Beira Baixa e um não. Nessas vontades há uma descontinuidade territorial e para a constituição das comunidades tal não é possível.
Após estas explicações, o vereador Paulo Luís concordou que “perder a centralidade com Coimbra não seria opção” e que é lógico “alinhar a estratégia com o sítio de onde vêm os fundos comunitários”.
A terminar o autarca reconheceu e agradeceu a abertura e apoio da CIM Médio Tejo neste processo. Contudo, a ligação a esta comunidade não será interrompida na totalidade uma vez que há alguns projetos e contratos que irão manter a Sertã ligada ao Médio Tejo, como por exemplo o transporte de passageiros, cujo contrato se prolongará até 2030.