
Está patente ao público até dia 30 de setembro, na Biblioteca Municipal José Baptista Martins (BMJM), em Vila Velha de Ródão, a exposição de pintura em aguarela denominada “Pelos Traços do Tempo”, da autoria de Maria do Rosário Maia.
Trata-se, de acordo com a autarquia de Vila Velha, de um conjunto de 44 aguarelas que “revelam uma apuradíssima técnica e o olhar atento de Maria do Rosário Maia à beleza das coisas simples e nos trazem recortes e cenários de várias localidades do concelho de Vila Velha de Ródão”.
A inauguração da mostra aconteceu na mesma altura da apresentação do livro com o mesmo nome da exposição. A iniciativa contou com a presença do presidente do Município de Vila Velha de Ródão, Luís Pereira, que agradeceu “o enriquecimento patrimonial que resulta desta viagem do olhar da aguarelista e o trabalho que a BMJM tem desenvolvido em prol da valorização do património imaterial do concelho”.
Também Maria do Rosário Maia deixou um agradecimento ao Município e à BMJM, assim como aos membros do Clube de Leitura de Autores Clássicos que, num gesto de cidadania cultural louvável, se associaram à organização da iniciativa e nela participaram através da leitura de textos.
A visita guiada à exposição revelou-se assim um diálogo a muitas vozes, no qual a descoberta patrimonial da paisagem natural e humanizada de Ródão, pintada por Rosário Maia, recebeu ecos do livro “Viagem a Itália”, de Goethe, e a companhia solidária de sua filha, Filipa Duarte de Almeida, que escreveu à mãe uma Carta do Gabão, onde se encontra a desenvolver um doutoramento sobre o Bwété Misôkô, acrescenta a edilidade.
Patente até 30 de setembro, na BMJM, esta mostra oferece ainda ao visitante a possibilidade de contactar com outras superfícies dialogantes, como o documentário sobre a arquitetura de Eduardo Souto Moura de Thom Andersen, intitulado “Reconversão”, ou a leitura do poema “Paisagem”, criado por Jaime Rocha na residência literária do encontro Poesia, Um Dia e afixado no exterior da BMJM.