"Dress a girl"

Vivemos num tempo em que existe um grande distanciamento entre indivíduos na sociedade e dá-se mais importância ao supérfluo, á imagem apresentada, aos bens materiais em detrimento do caracter, e das atitudes de cada pessoa.

"Dress a girl"
Jorge Coluna

Jorge Coluna

Vereador do PSD no executivo sertaginense

Existe pouca solidariedade entre os povos, e cada nação apenas age por si e para si sem se preocupar com os problemas dos outros.

Existem organizações que procuram contrariar um pouco essa tendência e dentro das suas possibilidades tudo fazem para ajudar pessoas com maiores dificuldades.
Na última reunião do executivo municipal da Sertã, quis destacar uma dessas organizações.
Com uma projecção internacional há muitos anos mas em Portugal desde 2016, quis elogiar o trabalho voluntário da Organização Não Governamental, denominada “Dress a Girl Around the Wold”
Esta organização tem como singelo objetivo, o de costurar vestidos para meninas cuja situação económica está abaixo do limiar de pobreza e muitas vezes são vítimas de violência sexual. A organização considera que estas meninas ao terem uma indumentária adequada ao seu porte físico melhoram a sua autoestima e ao mesmo tempo serve para proteger o seu corpo.
Não é uma organização muito conhecida, mas a singela contribuição que alguns voluntários prestam por todo mundo é, na minha opinião, motivo de nos sentirmos com esperança renovada de que o mundo pode melhorar por ação de pessoas com bom caracter.
Na Sertã existe já um núcleo desta organização não-governamental, na qual voluntárias têm contribuído para o sucesso desta ação.
Pelo que tenho conhecimento algumas pessoas do concelho têm contribuído para esta causa, doando tecidos e material de costura e outras pessoas dão um pouco do seu tempo para costurar o vestuário, que depois é enviado para outros países e entregues a meninas mais vulneráveis.
Considero que a ação destes voluntários da Sertã é motivo de louvor, merecem que se enalteça a sua atitude, merecem a ajuda de todos os que o possam fazer, e especialmente as instituições mais representativas o façam com algum enfase, quer contribuindo, quer publicitando, e não se continue a “assobiar para o lado”, como muitas vezes acontece.
Por vezes divulgando um pouco melhor estas boas acções, é possível que haja muitas outras pessoas que ao ter conhecimento delas, desejem contribuir da melhor forma que puderem e assim possam ajudar a “adoçar” a existência de muita gente desfavorecida.

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